Ibovespa: conheça o principal índice da Bolsa de Valores

O Ibovespa é considerado como o principal índice de toda a Bolsa de Valores, e que influencia, diretamente, todos os demais investimentos brasileiros.

Por Camila Gomes, em 20/02/2023

Fonte: Google Imagens

Quem está começando a investir, pode se sentir muito confuso com relação aos termos do segmento, siglas e todas as instituições que atuam dentro do mercado financeiro.

Contudo, para começar a sua jornada com o pé direito, é super importante que você entenda alguns conceitos fundamentais, incluindo o Ibovespa.

Por isso, no guia de hoje, vamos te ensinar mais sobre o Ibovespa, o que ele é e como funciona. Bem como quais os impactos que ele tem sobre os investimentos de renda fixa e de renda variável. Acompanhe!

O que é e como funciona o Ibovespa?

O Ibovespa, como comentamos acima, é um dos índices da Bolsa de Valores do Brasil.

Mais conhecido no mercado como IBOV, o Ibovespa, na verdade, significa Índice da Bolsa de Valores de São Paulo.

Ele é utilizado como o índice principal, para a indicação do desempenho das ações disponíveis para compra e venda, todos os dias, dentro da Bolsa de Valores Brasileira, a B3.

O índice IBOV é uma espécie de carteira de ações, onde se considera todos os principais ativos da Bolsa, e que possuem o maior volume de negociações diárias (em torno dos 80%).

Com base nessas ações, o Ibovespa vai medir qual é o desempenho médio dos papéis, com base em um sistema de pontos em reais.

A criação do índice foi ainda no ano de 1968, um dos mais importantes até os dias de hoje.

Portanto, trata-se de um índice de retorno total, que considera tanto a variação dos preços dos ativos, como o impacto de pagamento dos proventos das empresas que são as emissoras desses papéis.

Qual é a composição da carteira do IBOV?

O Ibovespa é montado em cima de um conjunto de ações, sempre considerando as que estão sendo mais negociadas dentro da Bolsa.

Essa seleção das ações muda a cada 4 meses. Por isso, podemos afirmar que a composição da carteira da Ibovespa varia ao longo do tempo.

Mas os papéis que fazem parte da carteira precisam seguir dois critérios principais. São eles: a liquidez e o volume financeiro que está sendo negociado.

Dessa forma, a escolha dos ativos ocorre de acordo com os seguintes aspectos:

  1. Possuam, pelo menos, 95% de presença em pregão durante o último ano;
  2. Possuam Índice de Elegibilidade de 85%, em ordem decrescente;
  3. Tenham 0,1% de todo o volume financeiro do mercado à vista;
  4. Não sejam de empresas em recuperação judicial;
  5. Não sejam penny stocks (termo utilizado para ações que são negociadas por menos de R$1,00.).

No entanto, é importante destacar que o peso de cada um desses papéis é diferente. Isso acaba variando de acordo com o volume de ativos que eles possuem dentro da carteira.

Então, não é porque o índice IBOV subiu, que todos os ativos da carteira também subiram no período. Afinal de contas, alguns ativos possuem um peso maior que outros.

Nessa lógica, as empresas que possuem um peso maior, tendem a puxar o índice do Ibovespa para cima. Aliás, isso acontece mesmo que as ações com peso menor estejam em queda.

Outro ponto importante sobre o Ibovespa, é que a empresa não pode possuir uma participação maior que 20% em ações dentro da composição do IBOV.

O que são os pontos do Ibovespa?

O índice IBOV atua no mercado por meio de pontos, cujo cálculo é em real. Assim, cada 1 ponto no IBOV equivale a R$1, representando o preço exato da carteira da B3.

Esse parâmetro entre pontos e reais foi a maneira que a B3 conseguiu encontrar para acompanhar, de uma forma mais precisa, o desempenho da Bolsa. Além disso, os pontos do IBOV sempre são calculados em tempo real.

Na prática, é necessário multiplicar o peso de cada ação do índice pela cotação, sendo essa a equação que permite encontrar qual é a contribuição daquele ativo para a formação do Ibovespa.

Ao repetir esse processo com cada um dos ativos da carteira, é possível encontrar o número total de pontos do IBOV.

É importante ressaltar que as cotações das ações do Ibovespa são acompanhadas a todo instante. E o cálculo é refeito, de maneira automática, sempre que os novos valores são lançados.

Por isso, o índice IBOV está oscilando a todo momento, acompanhando o funcionamento geral do mercado brasileiro.

Assim, quando você perceber que o índice IBOV subiu, quer dizer que a média do valor das ações que compõem a carteira subiu. Enquanto que, se o índice cair, a grande maioria dos ativos também fecharam no vermelho.

Mas, afinal, o que faz o IBOV cair ou subir?

Depois de entender o funcionamento do Ibovespa e como é a sua formação, você pode estar se questionando: o que faz com que o índice suba ou desça? Ou melhor, por que, os ativos variam da carteira dessa forma?

Bom! Diversos fatores podem alterar o valor de uma ação dentro da B3, desde acontecimentos no cenário político do país, como no social, no econômico ou, até mesmo, no cultural.

Além disso, acontecimentos em países que são muito influentes e importantes na economia mundial, também podem alterar os índices da Bolsa, como China, Estados Unidos, França, Alemanha, etc.

Um exemplo muito bom e que pode te ajudar a entender melhor essa dinâmica, é a própria pandemia de Covid-19, que começou a se desenvolver em 2020, afetando toda a economia mundial com as novas diretrizes de quarentena, e as medidas de segurança obrigatórias.

Para se ter uma ideia, durante esse período de pandemia, o IBOV chegou a perder 60.000 pontos. Contudo, com a retomada da economia, o IBOV já conseguiu se recuperar e subir mais de 100.000 pontos.

Dessa forma, muitos fatores alteram o comportamento dos investidores dentro da Bolsa fazendo com que os valores oscilem de acordo com as expectativas que o mercado cria, que podem ser positivas ou negativas.

Por isso, é muito importante que você sempre esteja a par das últimas notícias e acompanhe portais confiáveis.

Assim, você terá acesso mais rápido sobre as últimas informações, e poderá prever como essas notícias vão afetar o índice com antecedência, o que vai te permitir tomar decisões de compra ou de venda de maneira mais eficiente.

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