Quando o assunto é cartão de crédito, existem duas principais modalidades de crédito emergencial que são muito utilizadas pelos usuários dos cartões: o rotativo do cartão de crédito e o cheque especial.
Essas opções de crédito são bastante utilizadas em momentos de dificuldades financeiras, como quando, por exemplo, precisamos de dinheiro extra para cobrir gastos inesperados ou emergências.
No entanto, é importante lembrar que essas modalidades de crédito, geralmente, possuem juros muito altos.
Por isso, pode dificultar ainda mais a situação financeira do consumidor. Por isso, é importante usá-las com cautela e apenas em situações de real necessidade.
No caso específico do rotativo do cartão de crédito, o governo está discutindo a possibilidade de estabelecer um teto para os juros cobrados pelos bancos nesta modalidade.
Isso porque, de acordo com o Banco Central, a taxa média de juros atingiu o maior valor desde março de 2017, chegando a 490,3% ao ano em março de 2023.
Essa taxa representa um aumento de 13,1 pontos percentuais em relação a fevereiro de 2023, quando estava em 417,4%.
Assim, a iniciativa está sendo discutida com a finalidade de evitar a cobrança muito elevada de juros por parte dos bancos e das instituições financeiras.
Além disso, esses dados mostram como é importante ficar atento aos juros que as instituições financeiras cobram, e buscar alternativas mais vantajosas antes de recorrer a essas modalidades de crédito.
Além disso, é fundamental ter um planejamento financeiro ideal, e evitar gastos excessivos para não ser necessário recorrer a essas opções emergenciais.
O que é juro rotativo do cartão de crédito?
O juro do rotativo do cartão de crédito é uma taxa cobrada pelas instituições financeiras, quando o consumidor não consegue pagar a fatura integral do cartão na data de vencimento.
Nesse caso, o consumidor pode optar por pagar o valor mínimo da fatura, e deixar o restante para o próximo mês. Mas o juro do rotativo se aplicará sobre o saldo remanescente, aumentando o valor da dívida.
Essa modalidade de crédito emergencial é conhecida por ter uma das taxas de juros mais altas do mercado financeiro. Isso pode tornar a dívida rapidamente impagável, se o consumidor não conseguir pagar o valor integral da fatura em pouco tempo.
Por isso, é muito importante usar o rotativo do cartão de crédito com cautela, e apenas em situações de real necessidade. Assim, você evita o endividamento excessivo.
Qual a diferença entre juro rotativo do cartão de crédito e cheque especial?
Embora o juro rotativo e do cheque especial sejam ambas modalidades de crédito emergencial, elas têm algumas diferenças importantes.
A cobrança do juro rotativo ocorre quando o consumidor não paga a fatura integral do cartão de crédito na data de vencimento, como explicamos acima.
Nesse caso, ele pode optar por pagar o valor mínimo da fatura e deixar o restante para o próximo mês. Contudo, o juro do rotativo se aplica sobre o saldo remanescente, fazendo o pagamento com juros.
Já o cheque especial é uma linha de crédito pré-aprovada, que o banco disponibiliza para o cliente caso ele precise de dinheiro extra em algum momento.
A pessoa pode utilizar esse crédito quando a sua conta bancária está sem saldo suficiente para cobrir os gastos. Contudo, como acontece com o crédito rotativo, o cheque especial também conta com juros sobre o valor utilizado.
Sabendo disso, a principal diferença entre essas duas modalidades de crédito emergencial, é que o rotativo serve para cobrir gastos com cartão de crédito. Em contrapartida, o cheque especial é uma forma de empréstimo direto do banco para o cliente.
Ambos podem ter taxas de juros muito altas, facilitando o endividamento, e tornando-o ainda mais difícil de controlar.
Por que o juro do rotativo do cartão de crédito é tão alto?
Os juros do rotativo são tão altos por se tratar de uma modalidade de crédito de alto risco, ou seja, com alta probabilidade de inadimplência.
Como não há garantias reais de pagamento nessa modalidade de crédito por parte dos clientes que, inclusive, já estão endividados, as instituições financeiras precisam precificar o risco, embutindo altas taxas de juros cobradas nos empréstimos rotativos.
Além disso, o rotativo do cartão de crédito é uma modalidade de crédito pré-aprovada, sem análise prévia do perfil de crédito do consumidor. Isso torna ainda mais difícil a avaliação do risco de inadimplência.
Dessa forma, resumidamente, os juros do rotativo do cartão de crédito são tão altos, pois se trata de uma modalidade de crédito de alto risco, com falta de garantias. Além disso, também não possui análise prévia do perfil de crédito do consumidor.
E qual é a proposta do governo?
Como comentamos no início do texto, a taxa de juro sobre o crédito rotativo do cartão de crédito aumentou muito nos últimos meses, atingindo o maior valor desde março de 2017.
Segundo os dados do Banco Central, as taxas do rotativo chegaram a 490,3% ao ano em março de 2023, um aumento de 13,1 pontos percentuais em relação a fevereiro de 2023 (417,4%), e de 71,4 pontos percentuais em 12 meses.
Com números tão altos, o governo começou a levantar discussões sobre a possibilidade de estabelecer um teto máximo de juros que os bancos podem cobrar na modalidade de crédito rotativo.
Assim, o governo consegue impedir cobranças abusivas dos bancos aos consumidores, e consegue proteger os clientes em momentos tão sensíveis, como nos casos de endividamento.
Afinal, vale a pena utilizar o crédito rotativo?
De forma geral, não é recomendado usar o crédito rotativo. Afinal, as taxas de juros são muito altas, e podem rapidamente se tornar uma armadilha financeira.
Por isso, gostamos de dizer que o uso frequente do rotativo do cartão de crédito pode levar a uma dívida crescente e difícil de pagar. Sem dúvida, isso pode prejudicar seriamente a saúde financeira do consumidor.
Então, o que fazer caso você não tenha dinheiro suficiente para pagar o valor total da sua fatura do mês?
Nesse caso, a recomendação é buscar alternativas de crédito mais baratas. É o caso, por exemplo, de um empréstimo pessoal com juros mais baixos, ou empréstimos consignados, que possuem as menores taxas do mercado.
Além disso, é importante tentar renegociar a dívida com a instituição financeira, para encontrar uma solução que seja mais vantajosa para ambos os lados da história.
Dessa forma, a nossa dica é sempre procurar encontrar outras alternativas de crédito, que sejam mais baratas e vantajosas.