A educação financeira é a chave de boas compras e uma vida no azul, sem pendências e a possibilidade de realizar sonhos. Dessa maneira, ela permite mudar o padrão de vida quando bem planejada.
Apesar de muitas pessoas divulgarem o contrário, não é tão difícil como se imagina. Confira abaixo como fazer isso em 5 passos:
1 – Defina um objetivo financeiro
Muitas pessoas passaram pela experiência infantil familiar de guardar dinheiro em um cofrinho para comprar o brinquedo dos sonhos. Este é o nosso primeiro contato com um objetivo financeiro, uma das formas de ensinar sobre educação financeira para crianças.
Todos temos sonhos e necessitamos de dinheiro para isso. E é aí que acontece a mágica do objetivo financeiro: ele te dá um motivo para guardar o dinheiro.
Assim, pode ser um pequeno sonho, como um fim de semana na praia, ou uma grande conquista, como o imóvel próprio. Contudo, é preciso ser algo que caiba no seu orçamento.
O objetivo financeiro auxilia quem tem uma meta e não quer desviar do foco. Se você pretende comprar algo de valor alto, precisa controlar suas compras por impulso pensando no objetivo maior.
Segundo o consultor Mauro Calil, autor do livro “Separe uma verba para ser feliz”, estão entre os objetivos financeiros mais comuns do brasileiro comprar um imóvel, uma viagem ao exterior e casamento.
Contudo, saiba que ter independência financeira e uma reserva de emergência também é um objetivo.
2 – Conheça sua receita e gastos
Para guardar dinheiro é preciso saber quanto dinheiro você tem disponível para guardar. Nesse momento, a educação financeira faz-se tão necessária, justamente para evitar o endividamento.
Segundo pesquisa Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgada em fevereiro de 2021, mais de 66% da população brasileira possui alguma dívida.
A melhor forma de não fazer parte deste percentual de endividados é criar uma planilha para organizar finanças pessoais. Nela, você estipula como meta de gastos o seu salário atual e lista todas as suas despesas fixas.
São exemplos de despesas fixas: moradia, alimentação, transporte, energia, educação e medicamentos.
O valor que sobrar entre os gastos mensais e o salário é o qual poderá ser guardado ou servir de economia para o seu objetivo financeiro.
Uma das dicas para organizar finanças pessoais é reservar todos os meses um valor fixo para diversão, incluindo no mesmo setor gastos internos e externos.
3 – Controle suas dívidas
Ter dívidas significa que você está gastando demais. O seu salário ou a renda familiar mensal não é suficiente para suprir os gastos fixos ou você está gastando além da conta. E uma das dicas para organizar finanças pessoais é reduzir os gastos.
Faça uma lista do seu saldo devedor e priorize as dívidas de maiores juros. Neste caso, é preciso iniciar o pagamento com o valor do salário.
Nesse momento, é provável que não consiga juntar valor algum. De qualquer maneira, sua prioridade é sair do saldo devedor. Por isso, tenha disciplina e faça um pouco de sacrifício.
As dívidas rendem juros sobre juros e, caso não sejam sanadas, em algum momento se tornarão impagáveis. Um saldo devedor de R$ 350 de um cartão de crédito pode facilmente se tornar R$ 5 mil ao longo de 12 meses.
Logo, antes de sua dívida se tornar um valor impagável, negocie um pagamento mensal com juros reduzidos o qual caiba no seu bolso.
4 – Faça uma reserva de emergência
As eventualidades podem acontecer a todo mundo, por isso a reserva de emergência deve ser feita. Se você está pagando dívidas antigas, então guardar dinheiro pode ser complicado.
Contudo, é um passo importante para a educação financeira, porque todos precisamos de algo emergencial. Além disso, sempre recorrer a empréstimos em momentos de emergência é uma estratégia nada inteligente. Afinal, quem gosta de pagar juros sem necessidade, não é mesmo?
Em sua planilha para organizar finanças pessoais, determine um valor extra para direcionar para a poupança todos os meses. Coloque-o como depósito fixo e tire do seu alcance acompanhado do pagamento de contas.
Caso não tenha uma poupança em seu nome, esse é o momento de criar uma gratuitamente. Por fim, comece com valores pequenos e que caibam no seu orçamento.
Em um primeiro momento, não corte gastos ou diminua seu padrão de vida. Ao invés disso, comece apenas juntando. Quando notar que não afeta sua rotina e as contas continuam sendo pagas, pode aumentar o valor da poupança.
Quer saber mais sobre a reserva de emergência? Clique no tão abaixo!
5 – Invista em renda fixa
Uma opção para quem não consegue guardar dinheiro é investir seu dinheiro em renda fixa. Escolha um modelo de investimento seguro de médio prazo e aplique um determinado valor.
Durante o período determinado, em alguns tipos de ativo, o investimento não poderá ser sacado sem a penalidade de juros. Dessa maneira, pode ser uma forma de propagar a educação financeira na sua vida.
Investimentos seguros e com renda fixa são uma excelente forma de ‘prender’ suas economias e ainda lucrar com isso. O valor fica acessível em caso de desistência por um período em torno de 24 a 72 horas, o suficiente para alguns impulsos de consumo exagerado sumirem.
Em muitos casos, um pouco de tempo é o suficiente para evitar gastos extras desnecessários.
O seu gerente bancário de investimentos pode auxiliar a encontrar um investimento de renda fixa de acordo com o seu perfil.
O tesouro direto é uma opção, assim com CDB e LCI/LCA. Há outros, basta consultar seu banco ou um agente financeiro independente para orientação.
Conclusão
Aprender como organizar as finanças e sair do vermelho é mais simples do que se imagina. E criar o bom hábito de anotar seus gastos e débitos auxilia quem planeja um futuro financeiramente estável.
A estabilidade financeira não garante apenas um sono tranquilo. Permite ter subsídios em caso de emergências físicas entre seus familiares e conquistar um novo padrão de vida.
Por isso, organize sua vida financeira quanto antes e desfrute dos prazeres da estabilidade familiar.