A inflação é um índice econômico muito importante, pois ela é responsável por definir preços de produtos, serviços e alimentos. Por isso, está bem próxima da vida de todas as pessoas, mas a maioria delas não sabe bem o que é e nem como ela funciona.
Contudo, os efeitos que a inflação gera, podem ser experimentados por toda a população. Por isso, é importante saber como ela funciona, até mesmo para organizar melhor sua vida financeira.
Então, para entender tudo sobre esse assunto, continue lendo este artigo, pois ele vai explicar melhor esse tema, e como isso pode afetar a sua vida financeira.
O que é a inflação e como ela funciona?
Inflação é a palavra usada para explicar o aumento de preços de produtos, serviços, salários e aluguéis. Ela influencia de maneira direta no poder de compra das pessoas.
O índice é usado para sinalizar o aumento de preços, de forma contínua ou generalizada da cesta de produtos, nome usado para indicar itens das categorias de bens e serviços, que são importantes para os consumidores.
Dentre os itens presentes nessas categorias, podemos citar despesas com alimentos, saúde, habitação, educação, vestuário, transporte, entre outros.
Para simplificar, podemos dizer que, se a inflação foi de 0,8%, isso significa que essa foi a porcentagem de aumento médio nos preços.
Esse cálculo é uma média, ou seja, o aumento não é uniforme. E alguns itens podem ter tido aumento superior, enquanto outros podem não ter tido aumento.
O aumento ocorre quando também há aumento nos preços médios da economia. O indicador oficial no Brasil para medir é o IPCA – Índice de Preços para o Consumidor Amplo. Contudo, existem alguns outros indicadores que também medem a inflação.
Quais são as causas da inflação?
É importante também saber o que provoca a inflação, seja quando ela ocorre no curto prazo ou no longo prazo. No curto prazo, é aquela que acontece quando há aumento de preços dentro de um mês. Já no longo prazo, é quando ocorre um aumento contínuo ao longo do ano.
As causas que levam à inflação no curto prazo são diferentes das que levam à sua ocorrência no longo prazo. Enfim, confira a seguir as causas mais comuns de cada tipo:
No curto prazo
Nesse caso, pode ocorrer por aumento nos custos de produção, ou por aumento na demanda. No caso de aumento nos custos de produção, os preços se elevam por haver um aumento na produção, ou na oferta de serviço.
Assim, ela aumenta para suprir os custos excedentes, e também pelo fato de que o aumento do preço de produção, pode diminuir a disponibilidade do produto no mercado.
No caso do crescimento da demanda, o aumento dos preços ocorre por haver maior procura de determinado produto ou serviço, e isso diminui o estoque, já que fica mais difícil fornecer o produto ou serviço de maneira a suprir toda a procura.
Dessa forma, o preço aumenta, pois a demanda se torna mais alta do que a oferta. Ou seja, há mais procura pelo item do que disponibilidade do mesmo no mercado.
No longo prazo
Já a inflação no longo prazo pode ocorrer pela diminuição na taxa de juros ou emissão de papel-moeda. A diminuição da taxa de juros pode gerar no longo prazo, por causa do aumento de demanda que ela pode provocar.
Pois, com isso, os empréstimos ficam mais baratos e estimulam mais consumo. Além disso, ela pode ocorrer devido à diminuição das taxas, que também diminuirá os rendimentos de investimentos em títulos públicos, renda fixa e poupança.
Quando o governo precisa emitir mais papel-moeda para pagar despesas, o que ocorre quando os gastos são maiores que a arrecadação, ela também aumenta no longo prazo.
Pois o aumento da quantidade de dinheiro impresso fará com que exista mais dinheiro, do que serviços e produtos a serem ofertados, o que implicará no aumento dos preços.
Quais são as consequências da inflação para o nosso bolso?
Mas como tudo isso afeta a sua vida financeira? Ela afetará o seu bolso, pois faz com que o seu dinheiro tenha menos valor do que tinha, pois não acompanhará o aumento dos preços.
Caso o aumento de preços esteja sendo constante ou diário, cada vez que ocorre um aumento, o seu dinheiro perde mais valor.
Para quem vive de salário, essa defasagem é muito evidente. Pois a renda vai continuar a mesma, enquanto os preços aumentam, diminuindo cada vez mais o seu poder de compra.
Além disso, ela pode afetar quem tem investimentos, quando ocorrer por redução de taxas de juros.
É possível controlar a inflação?
Algumas ações do Governo Federal são responsáveis por seu aumento ou redução. Contudo, ele não tem controle total sobre esse índice.
Um exemplo disso é o aumento da taxa Selic como estratégia para segurar a inflação. Pois isso dificulta o crédito, e faz com que as pessoas gastem menos, reduzindo a demanda, e podendo diminuí-la também.
Essas taxas são definidas pelo Banco Central e muitas vezes são usadas para reduzir a inflação, nos casos em que ela se mantém estável ou tem seu índice aumentado.
O que é hiperinflação e deflação?
A deflação ocorre quando os preços diminuem. Então, podemos dizer que é o contrário de inflação. Isso ocorre, principalmente, quando diminui a demanda, de forma que a oferta de produtos e serviços se torna maior do que a procura.
A deflação também pode ocorrer por causa de recessão econômica. Pois, nesses casos, as pessoas também diminuem o consumo, o que força os ofertantes de produtos e serviços a diminuírem os seus preços.
Já a hiperinflação, ocorre quando ela continua aumentando de forma rápida, sem um motivo aparente que possa justificar esse aumento, algo que é chamado de movimento inflacionário irracional.
Nesse caso, os preços ficam totalmente descontrolados, podendo aumentar até 50% no período de um mês. Esse cenário de hiperinflação é mais comum quando as contas públicas ficam sem controle.
Nessas situações, os preços podem variar radicalmente de um dia para o outro, o que acaba provocando a escassez de produtos e serviços.
A inflação é sempre algo ruim para a economia?
Mas, apesar das preocupações a respeito da inflação, e de ela ser constantemente associada a algo ruim, a inflação não é sempre ruim para a economia.
Ao contrário, quando está controlada, ela mostra que a economia está aquecida, e se desenvolvendo bem. Por isso, todas as economias precisam da inflação para se sustentarem.
Além disso, ela garante que investidores decidam se devem apostar em determinado país, colocando mais dinheiro na economia. Portanto, ela só é ruim para a economia quando não é controlada.